sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Mudanças na Júlio César





Governo intervirá na avenida com o objetivo de acabar com os congestionamentos causados pela faixa cidadã
O Núcleo de Gerenciamento do Transporte Metropolitano (NGTM) do Governo do Estado deverá fazer ajustes na avenida Júlio César, onde tem ocorrido congestionamentos e lentidão (cerca de 25 interrupções para cada 15 minutos, segundo o próprio Governo) por conta da faixa de pedestres logo na saída do elevado Gunnar Vingren (que liga a avenida Júlio César à Centenário). A faixa será movida para 50 metros depois da posição atual e terá um semáforo até fevereiro. O trabalho deverá começar na semana que vem, como uma medida provisória, preparatória para um projeto maior que, inclusive, vai mudar a posição da passarela da via que é considerada inútil, hoje.
A segunda etapa do projeto inclui o remanejamento dos pontos de ônibus; nova sinalização horizontal e vertical; recomposição das calçadas e do canteiro central; remoção da faixa cidadã e do semáforo para a recolocação da passarela. Estas alterações devem ser concluídas até agosto deste ano.
O coordenador geral do NGTM, César Meira, garante que as mudanças serão suficientes para eliminar os congestionamentos. "Nossos técnicos já fizeram estudos e vai dar certo. A passarela será reformada também para que não fique mais no meio da pista", comentou.
Na manhã de ontem, as sucessivas paradas provocadas por pedestres na faixa geraram uma longa fila de veículos, que alcançou até a subida do elevado, na avenida Centenário. O dia ficou mais difícil ainda com um acidente entre dois táxis, o que reduziu mais ainda o tráfego. A lentidão diária também potencializa ações infratoras, como motos e carros circulando pelas ciclofaixas; paradas indevidas; ultrapassagens perigosas; e motos circulando pelas faixas de pedestres. As paradas sucessivas pioram no sentido Júlio César-Almirante Barroso por haver um ponto de ônibus bem em cima da "faixa cidadã", o que impede o pedestre de saber se o ônibus está parado para dar passagem ou está pegando passageiros.
A doméstica Dilma do Socorro Alves, 48 anos, todos os dias atravessa as faixas para ir e voltar do trabalho e diz que sempre sente dificuldades, já que nem todos os condutores respeitam a sinalização. "Com um semáforo vai ficar mais seguro, com certeza. Os motoqueiros e outros motoristas não entendem que esse espaço é para o pedestre, mas também muita gente não sabe usar. Guardas de trânsito quase nunca vemos por aqui", disse.
O vendedor Augusto Monteiro Ferreira, 33 anos, também acredita que as medidas são bem-vindas, apesar de estarem chegando tarde. "Sempre venho de Ananindeua para Belém de carro e a Independência e a Centenário foram ótimas alternativas. Mas esses problemas na descida do elevado já irritaram demais e só agora viram isso. Que sirva de lição para o governo ao pensar em colocar uma passarela e não ver o que a população realmente precisa", criticou.

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