Governo intervirá na avenida com o objetivo de acabar com os congestionamentos causados pela faixa cidadã
O
Núcleo de Gerenciamento do Transporte Metropolitano (NGTM) do Governo do
Estado deverá fazer ajustes na avenida Júlio César, onde tem ocorrido
congestionamentos e lentidão (cerca de 25 interrupções para cada 15
minutos, segundo o próprio Governo) por conta da faixa de pedestres logo
na saída do elevado Gunnar Vingren (que liga a avenida Júlio César à
Centenário). A faixa será movida para 50 metros depois da posição atual e
terá um semáforo até fevereiro. O trabalho deverá começar na semana que
vem, como uma medida provisória, preparatória para um projeto maior
que, inclusive, vai mudar a posição da passarela da via que é
considerada inútil, hoje.
A
segunda etapa do projeto inclui o remanejamento dos pontos de ônibus;
nova sinalização horizontal e vertical; recomposição das calçadas e do
canteiro central; remoção da faixa cidadã e do semáforo para a
recolocação da passarela. Estas alterações devem ser concluídas até
agosto deste ano.
O
coordenador geral do NGTM, César Meira, garante que as mudanças serão
suficientes para eliminar os congestionamentos. "Nossos técnicos já
fizeram estudos e vai dar certo. A passarela será reformada também para
que não fique mais no meio da pista", comentou.
Na
manhã de ontem, as sucessivas paradas provocadas por pedestres na faixa
geraram uma longa fila de veículos, que alcançou até a subida do
elevado, na avenida Centenário. O dia ficou mais difícil ainda com um
acidente entre dois táxis, o que reduziu mais ainda o tráfego. A
lentidão diária também potencializa ações infratoras, como motos e
carros circulando pelas ciclofaixas; paradas indevidas; ultrapassagens
perigosas; e motos circulando pelas faixas de pedestres. As paradas
sucessivas pioram no sentido Júlio César-Almirante Barroso por haver um
ponto de ônibus bem em cima da "faixa cidadã", o que impede o pedestre
de saber se o ônibus está parado para dar passagem ou está pegando
passageiros.
A
doméstica Dilma do Socorro Alves, 48 anos, todos os dias atravessa as
faixas para ir e voltar do trabalho e diz que sempre sente dificuldades,
já que nem todos os condutores respeitam a sinalização. "Com um
semáforo vai ficar mais seguro, com certeza. Os motoqueiros e outros
motoristas não entendem que esse espaço é para o pedestre, mas também
muita gente não sabe usar. Guardas de trânsito quase nunca vemos por
aqui", disse.
O vendedor Augusto
Monteiro Ferreira, 33 anos, também acredita que as medidas são
bem-vindas, apesar de estarem chegando tarde. "Sempre venho de
Ananindeua para Belém de carro e a Independência e a Centenário foram
ótimas alternativas. Mas esses problemas na descida do elevado já
irritaram demais e só agora viram isso. Que sirva de lição para o
governo ao pensar em colocar uma passarela e não ver o que a população
realmente precisa", criticou.
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