A conclusão das investigações foi informada pela delegada Renata Brandimarte, da 2º DP de Formosa. Segundo ela, o inquérito policial vai ser encaminho ao Ministério Público de Goiás na próxima semana. O órgão então decide se aceita ou não as alegações para avaliar se encaminha o caso para a Justiça.
Caso condenada, a agressora poderá ser condenada a cinco anos e seis meses de prisão em regime aberto ou semi-aberto, somados os dois crimes. No primeiro caso a condenação poderia ser convertida em prestação de serviços à comunidade. No segundo, a determinação é para que o condenado trabalhe durante o dia (dentro ou fora do presídio) e durma na penitenciária.
“Se ela for condenada, eu acho difícil que ela fique presa”, disse a delegada.
Quanto aos possíveis danos causados à filha da enfermeira, que assistiu a todo o espancamento, Brandimarte afirmou que o laudo psicológico não foi conclusivo. “É complicado analisar se uma criança tão pequena possa sofrer algum prejuízo ao ver uma cena como aquela”.
A avaliação seria mais precisa caso a criança tivesse, pelo menos, três anos de idade, concluiu a responsável pelas investigações.
De acordo com a polícia, o cachorro morreu ao ser arremessado na área externa do prédio enquanto a criança assistir a tudo. As primeiras informações foram de que o cachorro teria sido enterrado pelo marido da enfermeira, mas ele afirmou que não conseguiu um local e jogou o animal em uma caçamba de lixo.
Defesa
O advogado Gilson Saad, que defende a agressora, declarou à época da instauração do inquérito, em novembro de 2011, que sua cliente estava “profundamente arrependida” e que sempre teve bom relacionamento com animais.Durante o depoimento, ela contou o que a teria levado a cometer as agressões. “Ela disse que tinha saído para almoçar, e que se irritou depois de ver que o cachorro tinha bagunçado toda a casa e tentou dar uma lição ao animal”, contou a delegada.
Sobre o constrangimento causado à criança, o advogado diz acreditar não haver motivos para a condenação. Já a agressão ao cão ele diz que vai caber à justiça analisar as circunstâncias. “Não vou entrar no mérito, afinal, ela confessou”, finalizou Saad.
A menina, que desde a revelação do caso estava com familiares, voltou para a guarda dos pais. Agora, cabe a um juiz da Infância e Juventude decidir se a enfermeira tem realmente capacidade para continuar com a filha.
Além do inquérito policial que pode render uma condenação, o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) aplicou a multa máxima de R$ 3.000 à enfermeira.
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