Foi publicado no Diário Oficial da União
sde sexta-feira, 06, Medida Provisória que altera os limites de
unidades de conservação na Amazônia. As Unidades de Conservação (UCs)
que terão seu tamanho modificado são o Parque Nacional da Amazônia,
Parque Nacional dos Campos Amazônicos, Parque Nacional Mapinguari,
Floresta Nacional de Itaituba I e II, Floresta Nacional do Crepori e
Área de Proteção Ambiental do Tapajós. A maior parte das Unidades
afetadas está localizada no Pará. Em junho do ano passado, ((o)) eco
Amazonia já havia antecipado o interesse do governo federal em alterar o
limites de UCs para a construção de três hidrelétricas no rio Tapajós:
São Luiz do Tapajós (6,1 mil MW de potência instalada), Jatobá (2,3 mil
MW) e Cachoeira dos Patos (272 MW).
O objetivo das mudanças nos limites das
áreas é atender aos interesses do Ministério de Minas e Energia para a
construção do Complexo Hidrelétrico Tapajós e do Ministério dos
Transportes, para a retomada das obras da polêmica BR-163, que liga
Cuiabá (MT) a Santarém (PA). No entanto, de acordo com informações de
Telma Monteiro, especialista em processos de construção de hidrelétricas
na Amazônia, uma das maiores motivações do governo federal em construir
o Complexo Tapajós é um conjunto de acordos referentes ao gerenciamento
de águas, biocombustíveis e logística portuária firmados, desde 2008,
entre Brasil e Holanda.
"Estamos vendo um retrocesso na política
ambiental no Brasil, passando pelo Código Florestal. Vimos também a
redução do poder de fiscalização do Ibama e agora a redução de UCs sendo
que ainda não foi criada nenhuma Unidade de Conservação nova neste
governo. Vemos com grande preocupação os próximos anos. A perspectiva
para o futuro é muito ruim. Neste contexto é ainda mais necessário que a
sociedade civil esteja informada e mobilizada para dar um custo
político a estas decisões", afirma Tatiana de Carvalho, engenheira
Agrônoma da campanha Amazônia do Greenpeace.
Fonte: O Eco Amazônia
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