Pessoas que são capazes de praticar a
corrupção, em qualquer sentido da palavra, são capazes de qualquer
atrocidade (quando ficam impunes!). A maioria das pessoas que entra no
mundo do crime não começa com um assassinato ou coisa parecida. Os
maiores bandidos começam com pequenos atos. Mas num país em que reina a
impunidade, esses pequenos atos nunca são barrados e acabam crescendo
cada vez mais. Assim não demora para que uma criança que roubou um
biscoito no supermercado, cresça e roube numa residência, e depois se
junte com uns “amigos” e assalte um banco. E depois, comande o tráfico
de drogas na cidade. Uma cidade, por sinal, que não dá o devido valor às
suas criança. Talvez porque o governante “desvia” o dinheiro da
educação para a sua conta bancária! Uma cidade que tem também, um poder
judiciário e uma polícia muito fraca. Talvez porque os seus policiais
fazem parte da gang que assaltou o banco!
E o que será que aconteceria se a
gang de jovens invadisse a casa do prefeito? Talvez este ficaria furioso
e pediria para que alguns policiais (que conhecem muito bem os
criminosos, apesar de nunca os terem punido) dessem um “sumiço” nesse
grupo de jovenzinhos arrogantes. De um jeito que a justiça nunca
descobrisse (ou admitisse) quem estava por trás de tudo. E assim acaba
um capítulo da história corrupção, impunidade e violência. Exagerada?
Não. É a mais pura realidade do Brasil. Onde tudo é movido pelo orgulho e
pela ambição.
O problema é que o crime organizado
(literalmente, quem está no comando normalmente são pessoas super
inteligentes, cultas, estudadas, mas que não souberam aplicar tal
sabedoria!) lesam o nome do país e a nossa dignidade quando “levantam,
sacodem a poeira e dão a volta por cima”. Ou seja, concluem suas
falcatruas sem nenhuma “puniçãozinha”. Bom, até o nosso Código Penal (de
07/12/1940!) favorece a isso. Além de que, as instituições democráticas
são fracas, a gestão dos bens públicos é feita por debaixo do panos e
fiscalizada por órgãos incompetentes...
Toda essa impunidade favorece ao
esquecimento e banalização dos fatos pelos próprios lesados. Assim a
indignação, força motriz, “fica para lá”. E povo não protesta, não age.
Só reclama...
Esses fatos são bons para
questionarmos a democracia. Será que essa forma social tão exaltada por
nós é realmente democrática? Ultimamente o que se vê é o abuso de poder
de uns poucos, na maioria das vezes corruptos, prejudicando a liberdade e
estabilização de muitos. Muitos esses, que ao serem lesados, em vez de
se indignarem, acabam passando para o outro lado, pois crêem que lá a
vida é melhor e mais “fácil”.
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